o nosso Miguel Correia se animaria a desejar novos barulhos, que lhe trouxessem esses ares da graça de sua futura.

— Diga-nos o que sabe, Sr. Miguel Correia? foi a pergunta com que a Rosaura lhe abriu a porta.

— Eu, senhora, só sei dos tiros, e que o senhor governador lá foi ferido .para palácio.

— Talvez a esta hora esteja com Deus.

— Que me diz, senhora? exclamou o capitão cujas pernas começaram a abanar.

— Não ouviu tocar ao Santíssimo? Pois foi para o senhor governador. Pelo que falava uma gente que passou, parece que envenenaram as balas.

— Jesus! Que malvados!

— O senhor então ainda não foi a palácio? perguntou Belinhas com reparo.

— Ainda não... Eu... eu quis ir... mas como havia de ter muita gente, pensei que... que não era bom... podia atrapalhar.

— Pois deve ir! tornou a moça.

— A senhora acha?

— Um capitão de ordenanças! Para que serve então esta espada se não é para defender o seu general? disse a moça com desdém.

A Senhora Rosaura, que tinha corrido à rótula por ouvir um burburinho, exclamou:

— Ai, minha Nossa Senhora, que lá vem uma tropa!