e com governo próprio, não tardaria em derrotar a velha cidade que lhe estava sugando a seiva.

Razoaram os advogados, pois já naquele tempo os havia políticos e administrativos, como se vê da crônica desta guerra que talvez nunca rompesse, se eles não a tivessem por forma enredado, que não houve mais jeito de a desatar.

Foram procuradores a Lisboa com boas propinas e o preciso para azeitar as molas da máquina régia, seguindo no mesmo navio uma representação em que o governador D. Fernando de Lencastro expunha a El-Rei a conveniência de erigir-se o Recife em vila.

Desta vez, porém, não lograram os mercadores a diligência. Ou porque D. Pedro II de Portugal também adotasse a máxima política - uma no cravo e outra na ferradura; ou porque ainda não se tinha de todo apagado na corte lusitana a memória do heroísmo pernambucano na restauração da capitania, resolveu Sua Majestade pela carta régia de 28 de janeiro de 1700 que de maneira alguma se devia por em prática esse arbítrio de separar o Recife da cidade de Olinda, recomendando que para conservação dela, ai fizessem assistência o governador e ministros como em repetidas ordens havia determinado.

Todavia não esmoreceram os mercadores; desenganados de obter por enquanto a realização do primeiro