Quanto aos mascates, essa última derrota não fez senão aferrá-los ainda mais à primeira idéia da separação,. na qual desde ai trabalharam sem descanso, dispondo na capitania, como na metrópole, os elementos para o favorável despacho de sua pretensão.

Foi nestas circunstâncias que a 9 de junho de 1707 tomara conta do governo da capitania Sebastião de Castro Caldas.

Como de costume, os nobres de Olinda e os mercadores do Recife porfiaram em obsequiar o novo governador à sua chegada, com a mira de ganhá-lo a seu partido. Durou mais de ano essa cortesia hospitaleira, pelo jeito com que soube o fidalgo trazer ambas as parcialidades embaladas em esperanças.

A saliência do caráter político de D. Sebastião de Castro Caldas era uma suscetibilidade de proeminência. Elevado ao alto posto de capitão-general de Pernambuco, sob uma aparência de filosofia e abnegação, ele não tolerava em torno de sua pessoa vultos que pudessem disputar-lhe uma parcela mínima do respeito e até mesmo do embaimento público.

Qualquer superioridade fazia-lhe sombra, e sua preocupação incessante era abatê-la, não derrocando-a, pois era avesso ao estrondo e a violência, mas aluindo-a aos poucos. Essa obra subterrânea, seu espírito a prosseguia