Foi um dia de Corpo de Deus que Vital Rebelo viu a primeira vez D. Leonor, e ali ficou preso de seus encantos.

A gentil donzela, debruçada ao balcão da janela, acompanhava com os olhos a procissão que passava nesse momento; e o mancebo parado defronte enlevou-se na contemplação de seu formoso semblante.

Quis o acaso que um laço de fita se desprendesse do toucado da donzela e caísse na rua alcatifada de lambéis. Correu pressuroso o namorado mancebo a apanhá-la, e beijando-o cortesmente com os olhos na dama, pregou-o ao peito do gibão como uma divisa.