uma irmã é natural confidente e conselheira.
Helena deu três pancadinhas no joelho com a ponta do leque, e enfiou os olhos pela porta de comunicação entre aquela e a sala principal. Depois voltou-se para o médico.
— Sei que eles se amam, disse ela, e já dei a minha opinião a tal respeito. Eugênia parece ser minha amiga; meu irmão é meu irmão; desejo-lhes todas as felicidades. Há, porém, um limite à intervenção de uma irmã; e não desejo ir além. Demais, seu pedido é ocioso.
— Por quê?
— Anuncie a viagem, e Estácio se apressará a pedir-lhe sua filha. Se o não fizer, é porque a não ama, conforme ela merece, e em tal caso mais vale perder um casamento do que o fazer mau.
— Sim? perguntou Camargo.
— Naturalmente.
— O conselho é excelente, disse o médico depois de um instante, mas tem o defeito substancial de suprimir a sua intervenção, que me é necessária. Vejamos o meio de combinar as coisas. Suponhamos que, anunciada a viagem, Estácio não corresponde às minhas esperanças. Que devo fazer?
— Embarcar.