viu aparelhados dois animais, o cavalo de seus passeios, e a égua que a tia cavalgava uma ou outra vez.
— Que é isso? disse ele. Por ora vamos a algumas indicações somente, aqui no terreiro.
— Justamente! respondeu a moça.
Um escravo, que ali estava, trouxe um tamborete. Estácio aproximou-se de Helena, que afagava com a mão alva e fina as crinas da égua.
— Como se chama? perguntou ela.
— Moema.
— Moema! Ora espere... é um nome indígena, não é?
Estácio fez um sinal afirmativo. Helena tinha um pé sobre o tamborete; repetiu ainda o nome da égua, como quem refletia sobre ele, sem que o irmão percebesse que não era aquilo mais do que um disfarce. De repente, quando ele menos esperava, Helena deu um salto, e sentou-se no selim. A égua alteou o colo, como vaidosa do peso. Estácio olhou para a irmã, admirado da agilidade e correção do movimento, e sem saber ainda o que pensasse daquilo. Helena inclinou-se para ele.
— Fui bem? perguntou sorrindo.
— Não podia ir melhor; mas o que me admira...
As patas de Moema interromperam a reflexão do moço.