Ribeiro. Uma hora que lá me demore, poderei saber de tudo, e decidirei do futuro; meu e de Paulina. Jurei a Roberto de nunca servir de estorvo ao seu casamento, mas não de nunca pôr os pés em casa de seu tio.
Tomada esta deliberação, Eduardo montou a cavalo pela manhã, e na tarde desse mesmo dia chegou, como vimos, à fazenda de Joaquim Ribeiro.
Roberto estava com seu tio na sala de jantar conversando e discutindo planos para a celebração do consórcio. O tio queria que fosse na roça sem estrondo e com muita simplicidade; o sobrinho instava para que fosse no arraial e com muito arrojo e galhardia.
Graças ao crepúsculo, que descia escurecendo a sombria sala, não notaram a perturbação e o extraordinário transtorno das feições de Paulina, quando veio comunicar-lhes a chegada do sr. Eduardo. Esta inesperada nova causou o maior sobressalto no espírito de ambos, assim como para Paulina fora um raio que a esmagara.
– O sr. Eduardo! – exclamou Roberto levantando-se com a maior surpresa e agitação; – que diabo vem cá fazer agora esse homem!... sua visita nesta ocasião era bem dispensável.
– De fato, – disse consigo o velho, – veio em