estes olhos, que enxergam mais do que os do gavião, e estes pulsos mais fortes do que os do canguçu?...
A estas palavras ressoou por entre os outros bugres um murmúrio surdo, e alguns rosnaram palavras de indignação e de ameaça. Baguari vibrou sobre eles um olhar de fogo e sangue, e voltando-se para Jurema e sua filha:
– Está bem, – disse; – não quero mais teimar contigo, Jurema. Vou-me embora para os meus. E tu Jupira fica-te em paz; não te perseguirei mais. Dou-te seis luas para me esperar e ai daquele, que ousar tocar-te, e ai de ti, se te entregares a algum!
De feito eram já passados dois meses, e ninguém mais via por aquelas paragens o sanhudo Baguari. Tinha realmente ido reunir-se a seus companheiros, cuja residência favorita era para as bandas de Sant’Ana do Parnaíba próximo à junção dos dois grandes rios.
Jupira pois podia já passear sozinha e desassombrada, e adormecer tranqüila à sombra da figueira silvestre pelas margens do seu pátrio Paraná, ela que tinha mais medo do amor de um homem do que das sanhas do canguçu, das ciladas do sucuri.
Em uma sesta ardente ela estava sozinha sentada à sombra bem junto à margem do rio. Pendurada a