– Espera tu aí, que eu já te trago o teu canitar.
Disse e de um salto atirou-se ao rio. Apenas se havia afastado umas quatro ou cinco braças da canoa, Jupira toma o arco, e acocha-lhe uma flecha, que foi cravar-se-lhe na espádua. O índio arrancou um rugido de dor, e afundou-se por um momento; apenas surgiu de novo à tona da água, nova flecha voou do arco de Jupira e foi cravar-se na outra espádua do índio. Nenhuma das flechas porém havia penetrado muito fundo, e nem lhe tolhiam o movimento dos braços; o índio enfurecido lançou-se sobre a canoa, a qual também não sendo governada vinha rapidamente sobre ele levada pela torrente. Quem o visse então com aquelas duas hastes emplumadas sobre o dorso, cuidaria ver um dragão alado arrojando-se sobre a canoa para devorar a infeliz menina. Jupira, que o esperava em pé com um feroz sorriso de triunfo, deixou-o chegar, e quando o índio enfurecido ia deitar a mão ao bordo da pequena igara, descarregou-lhe com toda a força o remo sobre a cabeça e rebentou-lhe o crânio. O índio desapareceu, e foi surgir um pouco abaixo à flor da água entre uma multidão de peixes, que saltitando devoravam o sangue e os miolos que escorriam do crânio do desventurado cacique.