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Jupira em sua cólera era bela e sublime, mas bela e sublime para inspirar um artista, e não para despertar o ardor e ameigar o coração do amante, que começa a arrefecer-se. Sua palidez era como a do mármore encardido; os olhos fuzilavam revérberos cor de sangue; a boca espumava, os lábios e as narinas lhe tremiam convulsivos. Reinava em seu todo um ar imperioso, feroz, que fazia medo.

À indiferença e enfado que Carlito começava a sentir por Jupira, vinha agora juntar-se também o medo para mais arredio e esquivo torná-lo. Todavia, esse mesmo medo fazia com que ele a procurasse mais vezes do que desejava, mas com toda a precaução e reserva, temendo mais alguma explosão de seu furioso ciúme, e tratasse daí em diante de ocultar o mais possível suas entrevistas com Rosália.

Quirino tinha-se retirado para a fazenda de seu pai,