– Ah! o senhor está aí, moço...
– Desculpe-me, se está incomodada, eu vou-me embora.
– Incomodada!... não... não estou; mas... estou com uma raiva... disse a cabocla encrespando os punhos, e trincando os dentes.
– Raiva?!.. de quem?... será de mim, meu Deus!...
Jupira não sabia ocultar, nem disfarçar os tempestuosos transportes de sua alma ardente; sentia mesmo necessidade de desabafar a sua cólera, e foi dizendo tudo sem rebuço nem preâmbulos.
– Do senhor?! não; – replicou a cabocla; – é de um atrevido, de um malvado, que me desfeiteou...
– Quem foi esse atrevido?... diga, diga já, que quero ir castigá-lo neste instante...
A cabocla fitou em Quirino um olhar firme e penetrante, como quem queria devassar-lhe o fundo da alma, e perguntou-lhe:
– Moço!... o senhor me quer bem, mesmo como tantas vezes me tem dito?
– Ainda pergunta?!... não é possível querer-se mais bem do que eu lhe quero.
– Pois bem! é chegada a ocasião de mostrar, que é deveras que me quer bem.
– Sim, formosa Jupira?... quer dar-me esse