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horroroso, com os braços em tremor convulsivo estendidos para o céu.

Quirino assustado olhou rapidamente para aquele lado; mas depois que reconheceu Jupira:

– Está satisfeita? – bradou de longe mostrando a faca ensangüentada, e apontando para o fundo da canoa, onde jazia o cadáver de Carlito estrebuchando e vomitando sangue.

– Bravo! bravo!.. muito bem! gritou a cabocla, com um sorriso de infernal ironia. – Agora venha! venha de­pressa receber o prêmio...

– Espera lá ainda, minha Jupira; preciso dar sepultura a este desgraçado...

Falando assim, Quirino desatava da cintura uma forte e comprida cinta de duas voltas, que trazia de propósito, destinada a atar ao pescoço de Carlito a pedra, que pusera na canoa, e atirá-lo ao fundo do rio.

– Ainda não, moço!... espera.... traze-o cá... quero vê-lo ainda uma vez... coitado... era tão bonitinho!...

Quirino, ainda que um tanto receoso de qualquer fatal contingência, não ousou replicar-lhe; aquela mulher exercia um ascendente irresistível sobre aqueles que a amavam.– Quirino tocou a canoa para a margem.