houve nos convivas ao avistarem uma longa mesa, profusamente servida, alastrada de porcelanas e cristais, assados, doces e frutas. Sentaram-se em boa ordem. Durante alguns minutos houve aquele silêncio que precede a batalha, e só no fim dela, começou a geral conversação.

— Quem diria há um ano, quando eu aqui apresentei o nosso Duarte, que ele seria hoje noivo desta interessante D. Carlota? disse o Dr. Valença limpando os lábios com o guardanapo, e lançando um benévolo olhar para a noiva.

— É verdade! disse Beatriz.

— Parece dedo da Providência, opinou a mulher de Vilela.

— Parece, e é, disse D. Beatriz.

— Se é o dedo da Providência, acudiu o noivo, agradeço aos céus o interesse que toma por mim.

Sorriu D. Carlota, e José Lemos achou o dito de bom gosto e digno de um genro.

— Providência ou acaso? perguntou o tenente. Eu sou mais pelo acaso.

— Vai mal, disse Vilela, que pela primeira vez levantara a cabeça do prato; isso que o senhor chama acaso não é senão a Providência. O casamento e a mortalha no céu se talha.

— Ah! o senhor acredita nos provérbios?

— É a sabedoria das nações, disse José Lemos.

— Não, insistiu o Tenente Porfírio. Repare que para