a parasita azul
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capital, e ahi reatou o fio da sua antiga existencia, ja livre então de cuidados extranhos e aborrecidos. A escala toda dos prazeres sensuaes e frivolos foi percorrida por este esperançoso mancebo com uma sofreguidão que parecia antes suicidio. Seus amigos eram numerosos, solicitos e constantes; alguns não duvidavam dar-lhe a honra de o constituir seu credor. Entre as môças de Corintho era o seu nome verdadeiramente popular; não poucas o tinham amado até o delirio. Não havia pateada célebre em que a chave dos seus aposentos não figurasse, nem corrida, nem ceiata, nem passeio, em que não occupasse um dos primeiros lugares cet aimable brésilien.

Desejoso de o ver, escreveu-lhe o commendador pedindo que regressasse ao Brazil; mas o filho, parisiense até á medula dos ossos, não comprehendia que um homem pudesse sahir do cerebro da França para vir internar-se em Goyaz. Respondeu com evasivas e deixou-se ficar. O velho fez vista grossa a ésta primeira desobediencia. Tempos depois insistiu em chamal-o; novas evasivas da parte de Camillo. Irritou-se o pae e a terceira carta que lhe mandou foi ja de amargas censuras. Camillo cahiu em si e dispoz-se com grande magua a regressar á patria, não sem esperanças de voltar e acabar os seus dias no boulevard dos Italianos ou á porta do Cafe Helder.

Um incidente, porêm, demorou ainda d’esta vez o regresso do joven médico. Elle, que até alli vivêra de