Juquinha que ficasse na sala. Juquinha porém trepou a uma cadeira e pôs-se à janela; os dois tiveram tempo para explicações.
A situação era esquerda; mas não se podia perder tempo. Bem o compreendeu Rosina, que rompeu logo estas palavras:
— Não tem remorsos?
— De quê? perguntou Ernesto espantado.
— Do que me fez?
— Eu?
— Sim, abandonando-me sem uma explicação. A causa adivinho eu qual é, alguma nova suspeita, ou antes alguma calúnia...
— Nem calúnia, nem suspeita, disse Ernesto depois de um momento de silêncio; mas só verdade.
Rosina sufocou um grito; seus lábios pálidos e trêmulos quiseram murmurar alguma coisa, mas não puderam; dos olhos arrebentaram-lhe duas grossas lágrimas. Ernesto não podia vê-la chorar; por mais cheio de razões que estivesse, em vendo lágrimas, curvava-se logo e pedia-lhe perdão. Desta vez porém era impossível que tão depressa voltasse ao antigo estado. As revelações do rival estavam ainda frescas na memória.
Curvou-se, entretanto, para a moça e pediu-lhe que não chorasse.
— Que não chore! disse ela com voz lacrimosa. Pede-me que não chore quando eu vejo fugir-me a