iusquez ie soie aupres de vous quest la chose que plus ie desire en ce monde.»
Se não recebesse noticias, que a tranquillisassem, a respeito da saude do duque, D. Beatriz dar-se-ia pressa em partir para reunir-se ao marido, pois que era essa a felicidade que mais desejava n'este mundo.
No coração da infanta portugueza não podiam existir, em face d'estes documentos authenticos, vestigios de qualquer paixão, absorvente e mallograda, sobredourada pelo encanto com que a saudade costuma revestir a imagem dos ausentes queridos. Não se vê, através d'estas cartas, a amante lendaria de Bernardim Ribeiro; o que se vê é a esposa carinhosa do duque de Saboya.
Sempre envolvido nas agitações politicas da Italia, Carlos III viu-se a braços com uma nova controversia. Disputava agora com o duque de Mantua a successão do Monferrato pela extincção da linha masculina dos Paleologos. A solução foi favoravel ao duque de Mantua, e os partidarios de Carlos III aconselhavam-no a empregar a força das armas, a recorrer á violencia.
D. Beatriz de Portugal, que, de longe, acompanhava todas as questões politicas em que o marido se via lançado, revelava o heroismo do seu animo apoiando o conselho com resoluta firmeza: «le vrai expedient et moyen de vostre affere et ni ayez respect ni regard a personne ni a chose du monde.»
Uma dama de tão rija tempera, como D. Beatriz se mostrou em Saboya, não só nos negocios politi-