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HISTORIAS DE REIS E PRINCIPES
«Os tres filhos mais velhos estavam presentes, cada um com seu uniforme: o principe D. Pedro, de general; D. Luiz, meu camarada, de official de marinha; D. João, de official de infanteria (aliás lanceiros).
«O principe real tem notavel semelhança com a casa d'Austria, o que desde logo lhe conciliou a minha sympathia. Possue um thesouro de excellentes disposições naturaes que, infelizmente, não têm sido bem exploradas; a despeito da boa vontade dos pais, não parece que tenha havido sufficiente cuidado em formar-lhe esse caracter energico de que um principe tanto precisa hoje, sobretudo na situação incerta em que se encontra Portugal.»O archiduque fiava muito da influencia que teriam as viagens no espirito do principe real.
Quanto ao infante D. Luiz, depois rei, descreve-o como um rapaz alegre e ladino, propenso a expansões de bom humor. Falla muito, e bem, diz o archiduque: um jovial sangue viennense corre nas suas veias.
«D. João é a antithese de seus irmãos: silencioso e grave, pallido, cabello castanho, olhos negros, olhar profundo; nenhum traço de elemento germanico: um altivo Bragança dos antigos tempos.»
IV
Conta o archiduque que assistíra com a rainha D. Maria II e com el-rei D. Fernando a um especta-