Mas a loucura em que a razão brilha ainda como um crepusculo explodira finalmente.
A catastrophe que lhe roubára o filho primogenito apunhalára-a na fibra mais delicada de seu coração de mãi.
Apesar das excentricidades que constituem a lenda da imperatriz, o que é certo é que ella foi sempre uma extremosa mãi.
Quando os seus filhos eram pequeninos, ella propria os acalentava no berço, cantando, bailando, beijando-os, atirando o fardo da etiqueta para traz dos moinhos. A imperatriz desapparecia; ficava apenas a mãi.
Quando, com dois annos de idade, lhe morreu a segunda filha, abraçou-se n'uma effusão de lagrimas ao pescoço de um grande Terra-Nova, que era o companheiro dilecto da mallograda creança.
Dinorah não teria sido mais carinhosa com a sua cabrinha branca do que a imperatriz o foi n'esse momento para com o seu Terra-Nova.
E todavia ouvia-se dizer muitas vezes em Vienna que a imperatriz, amazona infatigavel, pensava mais nos cavallos que montava do que nos filhos que havia gerado.
Uma calumnia revoltante. Victor Tissot, que esteve em Vienna, e que estudou escrupulosamente a