cegaram deslumbrados. Era Izabel, a quinta filha do velho gentil-homem: a futura imperatriz da Austria. Alguns dias depois, n'um baile em Ischl, o imperador, que amava doidamente a valsa, dançára durante toda a noite com essa deslumbrante creança de dezeseis annos, que desde logo passou a ser denominada a fada da floresta.
O coração um pouco selvagem de Izabel revoltou-se naturalmente contra a doblez da côrte. Ella preferia os aromas acres do bosque ás lisonjas perfumadas de cortezanismo. Ave das montanhas, amava o ceu azul, os alcantis agrestes, os lagos dormentes. Durante os primeiros tempos de noivado, um cavalleiro e uma amazona galopavam nas planicies, cortando as florestas, batendo os bosques. Eram o imperador e a imperatriz.
Tudo ia em redemoinho,
Homens, corceis e mastins,
Ladridos, brados, relinchos,
Fragor d'armas e clarins!
Francisco José é, em toda a extensão da palavra, um homem amavel,—qualidade indispensavel aos principes.
Tissot decreve-o em dois traços:
«O som da sua voz é cheio d'encanto, como toda a sua pessoa. O seu olhar revela a lealdade e a doçura que seduzem. A testa é alta e larga, o nariz