e armar a sua e sustentar a mãe. Parecia marchar muito bem e Ernesto nunca me deixou de procurar. Gostei sempre dele, pois era bom filho, honesto, zeloso, e digno de toda a proteção.
Há não sei que desgosto recalcado nessa gente, não sei que ponto fraco, que rachadura, que eles acabam sempre arrebentando de alguma forma. Este Ernesto depois da morte da mãe deu em beber. Perdeu o emprego e vive agora como você vê. Tenho muita pena dele, dou-lhe dinheiro, sabendo mesmo que é para beber; mas não sei que coisa me diz, que tenho alguma culpa nas carraspanas que transformaram esse rapaz ou na razão da transformação que o levou a bebedeiras contínuas, que me apiedo dele, do seu vicio e lhe dou dinheiro.
- Que pai!
- Não há muito que censurá-lo. Hoje, não sei; mas, naquele tempo, essas ligações preliminares, intróito e prefácio do venerável casamento com bênção sacerdotal e sacramental da igreja, eram admitidas; e as suas rupturas simples, inflexíveis, assim como a do Silva com a mãe do Ernesto, não vexavam ninguém.
Os futuros sogros, para dar o "sim" aos futuros genros, só admitiam uma coisa: e que elas, as rupturas, se realizassem e os seus genros futuros nunca mais procurassem, não só as raparigas, o que era justo, mas o filho ou filhos também...
Nós tínhamos chegado à avenida Central. A moderna via pública tinha o movimento do costume: os mesmos mirones, os mesmos estafermos com as mesmas caras idiotas para as mulheres e moças que passavam. Subitamente, Florêncio pega-me pelo braço e, apontando, diz:
- Você sabe quem é aquela moça que vai ali?
- Onde?
- Com aquelas duas senhoras?
- Quem é?