de Abdelcáder, emir de Mascara. Andava ele precisando de homens e víveres. O emir, que sabia do prestígio de Hussein naquele vilaiete, oferece-lhe alguns milhares de libras turcas, para que mandasse homens.
Miquéias, que sabe do caso, intervém, e propõe que o sobrinho aceite, contanto que o emir lhe compre as tâmaras. O emir acede, paga as mil libras turcas, compra as tâmaras de que não precisava. E Hussein convence os parentes que devem partir para os goums. Para isso falou como um santo marabute.
Antes da festa do Beirão, época que era marcada para o vencimento dos vales, fugia, com a mãe, a feroz Salisa, o tio Miquéias Habacuc, homem hábil e esperto em negócios — cheios todos de ouro, ricos de apodrecer.
No vilaiete a população caiu na miséria, menos aquele tio de Hussein Ben-Ali Al-Balec, que não quis entrar na defesa das tâmaras. Durante muito tempo, pastoreou as suas ovelhas e tosou os seus carneiros. Os seus netos ainda hoje fazem a mesma cousa naquele lugarejo argelino, onde as inocentes tamareiras, se não constituem objeto de maldição, são tidas como simples árvores de adorno.