O deputado, sempre cético e complacente, concordou em acompanhá-los à morada do feiticeiro. Foi sem curiosidade, antes indiferente, com uma ponta de tristeza no olhar.
O "feiticeiro" trabalhava na horta, que ficava ao redor do poço, na várzea, à beira da estrada.
O deputado olhou-o e o solitário, ao tropel de gente, ergueu o busto que estava inclinado sobre a enxada, voltou-se e fitou os quatro. Encarou mais firmemente o desconhecido e parecia procurar reminiscências. O legislador fitou-o também um instante e, antes que pudesse o "feiticeiro" dizer qualquer cousa, correu até ele e abraçou-o muito e demoradamente.
— És tu, Ernesto?
— És tu, Braga?
Entraram. Chupadinho, Almada e Bitu ficaram à parte e os dois conversaram particularmente.
Quando saíram, Almada perguntou:
— O doutor conhecia-o?
— Muito. Foi meu amigo e colega.
— É formado? indagou o doutor Chupadinho.
— É.
— Logo vi, disse o médico. Os seus modos, os seus ares, a maneira com que se porta fizeram-me crer isso; o povo, porém...
— Eu também, observou Almada, sempre tive essa opinião íntima; mas essa gente por aí leva a dizer...
— Cá para mim, disse Bitu, sempre o tive por honesto. Paga sempre as suas contas.
E os quatro voltaram em silêncio para a sede do "Posto Agrícola de Cultura Experimental de PlantasTropicais".