Marianna ouvia com inveja essa bella definição do socego conjugal. A rebellião de Eva embocava nella os seus clarins; e o contacto da amiga dava-lhe um prurido de independencia e vontade. Para completar a situação, esta Sophia não era só muito senhora de si, mas tambem dos outros; tinha olhos para todos os inglezes, a cavallo ou a pé. Honesta, mas namoradeira; o termo é crú, e não ha tempo de compor outro mais brando. Namorava a torto e a direito, por uma necessidade natural, um costume de solteira. Era o troco miudo do amor, que ella distribuia a todos os pobres que lhe batiam á porta:--um nikel a um, outro a outro; nunca uma nota de cinco mil réis, menos ainda uma apolice. Ora este sentimento caritativo induziu-a a propor á amiga que fossem passear, ver as lojas, contemplar a vista de outros chapéos bonitos e graves. Marianna aceitou; um certo demonio soprava n'ella as furias da vingança. Demais, a amiga tinha o dom de fascinar, virtude de Bonaparte, e não lhe deu tempo de reflectir. Pois sim, iria, estava cançada de viver captiva. Tambem queria gosar um pouco, etc., etc.

Emquanto Sophia foi vestir-se, Marianna deixou-se estar na sala, irrequieta e contente comsigo mesma. Planeou a vida de toda aquella semana,