CÔRES


A Cecilia Burle.



Emquanto a gente é creança
Tem no seio um doce ninho
Onde vive um passarinho
Formoso como a Esperança.

E elle canta noite e dia
Porque se chama: Alegria.

Depois... vae-se a Primavera...
E’ o tempo em que a gente cresce...
O riso se muda em prece,
A alma não canta: espera!

E ao ninho do Coração
Desce outra ave: a Illusão.