BEMDITA


Bemdita sejas, minha mãe, bemdito
Seja o teu seio, immaculado e santo,
Onde derrama as gottas de seu pranto
Meu dolorido coração afflicto.

O’ minha mãe, ó anjo sacrosanto,
Bemdito seja o teu amor, bemdito!
Ouve do Céo o amargurado grito
Cheio da dor de quem soluça tanto.

E deixa que repouse em teus joelhos
A minha fronte, ouvindo os teus conselhos
Longe do mundo, ó sempiterna dita!

Envia lá do Ceo no teu sorriso
A morte que levou-te ao Paraiso...
Bemdita sejas, minha mãe, bemdita!

Jardim — 1893.