CLARISSE
«Não sei o que é tristeza,» ella me disse...
E a sua bocca virginal sorria;
Ninho de estrellas, concha de ambrosia
Cheia de rosas que do Céo cahisse!
E eu docemente murmurei: Clarisse,
Será possivel que tu’alma fria
Ouvindo o choro da Melancolia
O resabio do fel nunca sentisse?
Será possivel que o teu seio, rosa,
Nunca embalasse a lagrima formosa?
Ah! não és rosa, pois não tens espinho!
E os olhos teus, dois templos de Esperança,
Nunca viram soffrer uma creança,
Nunca viram morrer um passarinho!