E eles eram dois mansos passarinhos
Queriam-se na paz indefinida
Das almas que são puras,
Cheios de amor, de luz e de carinhos,
Eles passavam docemente a vida,
Isentos de amarguras.
Então sorriam, sem pensar que a morte
Inda podia lhes mudar a sorte.
E sempre eles cantavam
Se no espaço adejavam!
Ao despontar da aurora
Chalravam, procurando, estrada a fora,
O alimento do dia.
Saltando de alegria
Assim voltavam conversando a medo
E pousavam, alegremente, rindo,
Nos ramos do arvoredo.