IRINEO

Num dia turvo assim foi que partiste
Cheio de dor e de tristeza cheio.
Eu fiquei a chorar num doudo anceio
Olhando o espaço merencorio, triste.

Não sei se magua mais profunda existe
Que esta saudade que me opprime o seio,
Pois a amargura que ferir-me veio
Naquelle dia, ó meu irmão! persiste.

Os annos que se foram! Emtanto eu scisnio
A todo o instante, no profundo abysmo
Que veio a morte entre nós dous abrir.

Mas cada noute, n’aza de uma prece,
Ou num raio de sol quando amanhece,
Vejo tu’ alma para o ceu subir...