NA CAPELLINHA
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Nessa idade para que
Se reza... (saberei eu?)
A gente reza porque
Tambem se reza no Céo.
E ella, tão meiga e pura,
Que não conhecia o mal,
E que guardava a ventura
No coração virginal;
Em sua fé de creança
Ingenua e cheia de amor,
Talvez pedisse a esperança
Para os que vivem na dôr.
Talvez tivesse gemidos
Para quem vive a chorar,
Para os que vagam perdidos
Nas frias ondas do mar.
E emquanto o labio querido
Orava piedoso assim,
Do negro olhar commovido
O pranto rolou por fim.
E deslisaram sem calma
As bagas por sua tez
No desconsolo de um’alma
Que chora a primeira vez.