PARANOIA OU MYSTIFICAÇÃO ?
A PROPOSITO DA EXPOSIÇÃO MALFATTI


Ha duas especies de artistas. Uma composta dos que vêm normalmente as coisas e em consequencia disso fazem arte pura, guardados os eternos rythmos da vida, e adoptados para a concretização das emoções estheticas, os processos classicos dos grandes mestres. Quem trilha por esta senda, se tem genio, é Praxiteles na Grecia, é Raphael na Italia, é Rembrandt na Holanda, é Rubens na Flandres, é Reynolds na Inglaterra, é Leubach na Allemanha, é Zorn na Suecia, é Rodin na França, é Zuloaga na Hespanha. Se tem apenas talento vae engrossar a pleiade de satelites que gravitam em torno daquelles sóes immorredoiros.

A outra especie é formada pelos que vêem anormalmente a natureza, e interpretam-na á luz de theorias efêmeras, sob a sugestão estrabica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furunculos da cultura excessiva. São productos de cansaço e do sadismo de todos os periodos de de-