—É amargo; mas num gole mecê toma isto.

—Papai, recalcitrou a moça, não quero... eu não quero.

—Ora, filhinha do meu coração, não se canhe; é preciso... Amanhã há de você sentir-se boa; não é doutor?

—Com certeza, se tomar esta poção, assegurou Cirino.

—Depois, quando eu ir lá à vila, hei de trazer para você uma coisa bonita... uns lavrados. Ouviu?

—Nhor-sim.

—Ande, Tico, acrescentou o mineiro voltando-se para o anão, vai depressa buscar limão-doce; na cozinha há um meio cascado.

—Tome, dona, implorou por seu turno Cirino, aproximando o pires da boca da formosa medicanda.

Levantou uns olhos súplices e, agarrando resolutamerte o remédio, bebeu-o todo de um jacto.

Depois deu um suspiro de enjôo e ficou com os lábios entreabertos, à espera que o adocicado sumo do limão lhe tirasse o amargor do medicamento.

—Então, exclamou