escrava que trazia a toalha da mesa e a competente cuia de farinha.
— Á mesa! gritou Pereira. Almoço hoje com vosmecês. Sr. Meyer, o senhor comerá dora em diante comigo e com a menina, lá no interior da casa; ouviu?
E, voltou-se para Cirino.
—Bem sabe, explicou logo, como se fosse o Chiquinho.
Depois de pronta a mesa, sentaram-se os três alegremente.
—Olhe, Sr. Meyer, disse o mineiro servindo o alemão, isto é feijão-cavalo e do melhor. Misture-o com arroz e ervas; deite-lhe uns salpicos de farinha...
Começou o naturalista a mastigar com a lentidão de um animal ruminante, interrompendo de vez em quando o moroso exercício para exclamar:
—Delicioso, com efeito! Muito delicioso.
Comia Cirino pouco e em silêncio.
—Na Alemanha, observou Meyer contemplando um grão de feijão, a maior fava não chega a este tamanho. Aqui a fava de lá teria polegada e meia pelo menos. Um almoço, assim, havia de custar na Saxônia dois táleres, ou pelo câmbio que deixei no Rio de Janeiro, dois mil e quinhentos réis...
Interrompeu-o Pereira com gesto cômico.
—Dois mil e quinhentos? Ora, que terra essa! Como é que se chama?
— Sac-sônia, respondeu o alemão com gravidade.