Sei, sim, sei que é noite!

Xavier de Maistre, Viagem ao Redor do Meu Quarto

Não tardou muito que os dois noturnos viajantes começassem a ouvir os latidos furiosos dos cães que, no terreiro de Pereira, denunciavam aproximação de gente suspeita junto à casa entregue a sua vigilante guarda.

—Por aqui perto fica algum rancho, Mochu, avisou o camarada; havemos enfim de descansar hoje .. Mas, que gritaria faz a cachorrada!... São capazes de nos engolir antes que venha alguém saber se somos cristãos ou não... Safa! Que canzoada!... Ó Mochu, o sr. deve ir na frente... rompendo a marcha...

— Você, respondeu o alemão, bate neles com cacete...

—Nada, retrucou José com energia, isso não é do ajuste... Quem está montado, caminhe adiante... Ainda por cima agora essa!

Depois de resmonear algum tempo, exclamou: