Não sabe o nome dos crimes,
Ás paixões não dobra o dorso;
Mas naquele peito ingênuo
Mora inquieto um remorso!
Como relíquias sagradas.
Conserva os primores seus;
Mas doe-lhe não ser ainda
Toda, toda — só de Deus.
II
Ei-lo, o remorso da virgem,
O remorso da inocência,
Que, como a idéia do Eterno,
Ameiga na consciência.
Rezou, rezou fervorosa,
Beijando seu relicário;
Arfou, — qual luz matutina
Tremendo no alampadário.
E um sorriso descorado
Descerrou-lhe lábio e lábio,
Como o palor que desenha
A fronte vasta do sábio.