Este promete e cheiro e viço e ramas.
           Flores ao cento;
Aquel’outro esgalhar espera as folhas
           A certo vento.
 
E muitas vezes o sol cresta a plantinha,
           Denuda e mata:
E vinga a planta antiga, — e quase morta
           Revive intacta.
 
O velho então é como o infante estúpido,
           Que nasce agora:
Magina mil visões: sem causa ri-se,
           Sem causa chora.
 
Se fui infante estúpido e pasmado,
           Adulto louco:
Se hei de ser velho, sem sentir, sem alma,
           Daqui a pouco.
 
Antes quisera ser infante, — quase
           Sem sensações:
Não tora ao menos cônscio de remorsos,
           Nem decepções.
 
Fosse por toda a vida infante néscio,
           Sem consciência:
Morresse alfim apenas circunscrito
           Em minha essência.
 
 

II