Sepulte-se a descrença em negras trevas
De negro inferno.
Creia a razão convicta nas justiças
Do Deus eterno.
Sim: o viburno pequenino, humilde
No prado agreste,
Vegeta ao pé da realeza enfática
De alto cipreste.
E Deus, que vivifica o alvar pinheiro
E a tenra planta:
Que os soberbos calcina, e que os humildes
Do pó levanta:
De minha vil baixeza, como os homens,
Ah! — não se peja;
Que ele mão cheia de mil dons em todos
Largo despeja.
Mas se ‘té 'qui parece deslembrado,
Triste! — de mim:
Se não manda aguardar minh'alma dúbia
Um querubim:
Se nunca se lembrar que um ente existe
Nessa amargura,
Melhor não fora me gelasse o sangue
A morte dura?