Os anjos depois vieram,
Respiraram sobre a flor.
A flor cobrou mais beleza,
Mais gala e mais esplendor.
Ali ao pé do calvário
Deu mais expansivo odor.

Ali parecia aos olhos
Crescer, crescer... Mas agora?
Agora murcha — tão murcha —
Não tem a gala de outrora.
— Assim o fumo do teto
Cresce, cresce, — e se evapora.

Assim as horas do tempo
Correndo, correndo vão.
Assim passou inda há pouco
O matutino clarão.
Assim ontem foste infante,
Assim hoje és ancião.

Murcha, murcha! — não expande
Jamais seu odor intenso.