I

 
Os sons do fácil órgão:
      A voz dos corifeus
As orações dos crentes:
      O susto dos ateus:
Tudo apregoa e prova:
      — Aqui domina Deus!—
 
Silencioso esteve,
      Há pouco, — o santuário:
Qual a mudez, que guarda
      Jazigo mortuário:
Qual o terror do nauta
      Em mar tumultuário.
 
As almas dos finados
      Erguiam-se do pó:
Chocando-se torvadas,
      Cruzando as naves só:
Contando às colunatas
      As ânsias de seu dó.