é como o riso
De ambíguo fariseu:
Como o falar do hipócrita,
Que também é ateu:
Que inferno de torturas
A mente não te côa!
Ao doce som do órgão,
Que pelos vãos reboa!
Aos cânticos sagrados,
Que o povo e o coro entoa!
Ás preces do ministro,
Que ao Cristo, por ti, ora!
Á face desse templo,
Que os lábios te descora!
Que ao Deus, — que negas, ímpio, —
E louva e reza e adora!
Compunge-te — e conhece
De Deus a justa mão.
Vem comungar do cálix
Dos gozos do cristão;
Que sentirás arroubos,
Que terás alma então!
Vê como sobe o incenso,
Quais globos de um bulcão!