Na areia da fonte,
Nas urnas do rio,
Meu rosto sombrio
Se encontra co'o seu.
Ajunta seus lábios,
Bebendo comigo, —
Fatal inimigo
Que o fado me deu.
 
Correndo assombrado
Do vulto gravoso,
Veloz, pressuroso,
Demando a soidão.
Mas, inda correndo,
Se volto co'os olhos,
Encontro os sobrolhos,
Da eterna visão.
 
E sempre a sorrir-se.
Qual moça inocente,
C'um modo contente
Dizendo-me adeus.
Renego-te, oh anjo
Fatal, sempiterno,
Ou venhas do inferno,
Ou venhas de Deus!
 
 

II