Sedento da raiva
Que nunca me finda,
Mais válido ainda,
Maldigo meus pais.
Depois, elevando
A vista ao superno,
Maldigo do Eterno,
Por ser dos mortais.
 
 

III

 
E sempre esse busto
De homem que odeio,
Me vem, sem receio,
Constante, escutar.
E a cada discurso,
Que franco improviso,
Responde c'um riso,
E põe-se a calar.
 
No seio das rochas
Debalde me amparo,
Que sempre o deparo
C'um riso dos seus.