— Mais amigo e companheiro será de Poty, servindo a seu irmão que a elle. Tu o chamarás Japy, e elle será o pé ligeiro com que de longe corramos um para o outro.
Jacaúna deu o sinal da partida.
Os guerreiros pytiguaras caminharão para as margens alegres do rio onde bebem as garças: ali se erguia a grande taba dos senhores das varzeas.
O sol deitou-se, e de novo se levantou no céo. Os guerreiros chegarão aonde a serra quebrava para o sertão; já tinhão passado aquella parte da montanha, que por ser despida de arvoredo e tosquiada como a capivara, a gente de Tupan chamava Ibyapina.
Poty levou o christão aonde crescia um frondoso jatobá, que affrontava as arvores do mais alto pincaro da serrania, e quando batido pela rajada, parecia varrer o céo com a immensa copa.
— Neste lugar nasceu teu irmão, disse o pytiguara; Martim estreitou o peito ao tronco enorme:
— Jatobá, que viste nascer meu irmão Poty, o estrangeiro te abraça.