Seu labio gazeou um canto. A jandaia abrindo as azas, esvoaçou-Ihe em torno e pousou no hombro. Alongando fagueira o collo, com o negro bico alisou-lhe os cabelos e beliscou a boca vermelha como a pitanga.
Iracema lembrou-se que tinha sido ingrata para a jandaia esquecendo-a no tempo da felicidade; e agora ella vinha para a consolar agora no tempo da desventura.
Essa tarde não voltou só a cabana. Durante o dia seus dedos ageis teceram o formoso urú de palha que forrou da felpa macia da monguba para agasalhar sua companheira e amiga.
Na seguinte alvorada foi a voz da jandaia que a despertou. A linda ave, não deixou mais sua senhora; ou porque depois da longa ausencia não se fartasse de a ver, ou porque adivinhasse que ella tinha necessidade de quem a acompanhasse em sua triste solidão.