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ciada pela deliciosa frescura que derrama sua sombra.

II. Gará.—Ave palludal, muito conhecida pelo nome de guará. Penso eu que esse nome anda corrompido de sua verdadeira origem que é— ig, agua e ará, arara; arara d´água, pela bella côr vermelha.

III. Ará—periquito. Os indigenas como augmentativo usavão repetir a ultima sillaba da palavra e as vezes toda a palavra—como murémuré. Muré—frauta—muremuré grande frauta. Arára vinha a ser pois o augmentativo de ará, e significaria a especie maior do genero.

IV. Urú.—Cestinho que servia de cofre ás selvagens para guardar seus objectos de mais preço e estimação.

V. Crautá.—Bromelia vulgar, de que se tirão fibras tão ou mais finas que as do linho.

VI. Jussara.—Palmeira de grandes espinhos, das quaes servem-se ainda hoje para dividir os fios da renda.


Pag. 6Uiraçaba—aljava—de uira seta e á desinencia—caba—cousa propria.

II. Quebrar a frecha.—Era entre os indigenas a maneira symbolica de estabelecerem a paz entre as diversas tribus, ou mesmo entre dois guerreiros ennemigos. Desde já advertimos