jurema, onde nenhum guerreiro penetra contra a vontade de Araken.
— Não foi Anhanga, mas a lembrança de Iracema, que turbou o somno do primeiro guerreiro tabajara. Irapuam desceu do seu ninho de aguia para seguir na varzea a garça do rio. Chegou, e Iracema fugio de seus olhos. As vozes da taba contarão ao ouvido do chefe que um estrangeiro era vindo á cabana de Araken.
A virgem estremeceu. O guerreiro cravou nella o olhar abrazado:
— O coração aqui no peito de Irapuam, ficou tigre. Pulou de raiva. Veio farejando a presa. O estrangeiro está no bosque, e Iracema o acompanhava. Quero beber-lhe o sangue todo: quando o sangue do guerreiro branco correr nas veias do chefe tabajara, talvez o ame a filha de Areken.
A pupilla negra da virgem scintillou na treva, e de seu labio borbulhou, como gotas do leite caustico de euphorbia, um sorriso de despreso:
— Nunca Iracema daria seu seio, que o espírito de Tupan habita só, ao guerreiro mais vil dos guerreiros tabajaras! Torpe é o morcego