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seu pensamento surge a imagem da virgem, talvez mais bella. Em balde chama elle o somno ás pálpebras fatigadas; ellas se abrem, máo grado seu.

Desce-lhe do céo ao atribulado pensamento uma inspiração.

— Virgem formosa do sertão, esta é a ultima noite que teu hospede dorme na cabana de Araken, onde nunca viera, para teu bem e seu. Faze que seu somno seja alegre e feliz.

— Manda; Iracema te obedece. Que póde ella para tua alegria?

O christão fallou submisso, para que não o ouvisse o velho Pagé:

— A virgem de Tupan guarda os sonhos da jurema que são doces e saborosos!

Um triste sorriso pungio os labios de Iracema:

— O estrangeiro vae viver para sempre á cintura da virgem branca; nunca mais seus olhos verão a filha de Araken, e elle quer que o somno já feche suas palpebras, e que o sonho o leve á terra de seus irmãos!

— O somno é o descanço do guerreiro, disse Martim; e o sonho a alegria d'alma. O estrangeiro não quer levar comsigo a tristeza da