CAFE’
Para quem gosta de rir.
Servirão de Café varias lembranças, bons ditos, e materialidades de algumas pessoas de ambos os sexos, exquisitas no falar, que dizem asneiras de toda a marca.
Contaremos primeiro o que succedeo huma noite destas, que cahindo hum homem de hum muro abaixo, e ficando como morto, veio hum Soldado da Policia acudir-lhe; e parando ao mesmo tempo alli hum taful, o Soldado o obrigou a pegar n’um archote accezo, para o acompanhar ao Hospital, porque julgou ser um creado de servir. E por mais que o taful o persuadia que não era criado, o Soldado teimava que o era, porque vinha pela rua de niza; e custou muito a desenganar o camarada, que não era niza o que o taful trazia; mas sim huma cazaca da moda, que apenas hoje tem hum covado de altura.
Contaremos tambem que vendo-se á porta de hum ourives muito povo, soube-se que se tinha alli apanhando hum curioso; que lhe hia vender duzia e meia de colherinhas de prata, destas de chá, desirmanadas, porque andava o dito curiozo gra-
