— Mulita, dá-me a tua força, para puxar o carro do meu filho!...

E a mulita puxou; mas era tão pouca sua força, que o carro quase nada adiantava.

E a escolta cada vez mais perto!...

E Nossa Senhora chorou, de medo, e tornou a dizer:

— Mulita, chama os teus filhos, para darem a sua força e correrem, puxando o carro do meu filho!...

— Senhora Virgem, respondeu a mulita, a minha ninhada é grande, porém nela os filhos são poucos...

E chamou os seus poucos filhos, que começaram a correr, puxando o carrinho, do Menino Jesus...

E a escolta cada vez mais perto!...

Mas o carro, agora puxado pelos filhos da mulita ia sempre andando depressa.

Mas os cavalos são maiores que as mulitas e por isso vencem mais terreno... e já a escolta estava perto... perto..., quando levantou- se um medonho temporal de areia, que obrigou e o centurião a dispersarem-se entre gritos de raiva...

Então, quando viram que o Menino estava salvo, cada mulitanho tomou seu rumo no deserto; só ficou a mulita mãe, acompanhando.

Então Nossa Senhora tornou a dizer:

— Mulita, em memória das gotas de leite das tuas filhas, em memória da força dos teus filhos, deste dia em diante, de cada vez que deres ninhada, será sempre ou só de fêmeas ou só de machos!...

E a mulita respondeu:

— Pois que assim seja a vossa vontade, Senhora Virgem! Porém eu peço que ordeneis que o mesmo seja para a minha boa comadre, a tatua...

— Pois será, também!

Então a mulita tomou seu rumo, no deserto,