sua orgulhosa suberba! Vêde como escancára aquella bôca hedionda; como revolve, debaixo das palpebras cubertas de vermelhidão, aquelles olhos embaciados!... Maldicto velho, foge diante de mim!... Maldicto, maldicto!... Curvada ja no centro ... sentia-a escaliçar e ranger... Estavas tu assentado em cima della? Feiticeiro!... Anda, que eu bem ouço as tuas gargalhadas!... Não ha um raio que te confunda?.. Não!”
Dizendo isto, mestre Ouguet cubriu a cara com as mãos, e ficou outra vez immovel.
Elrei, os cavalleiros, os padres mais dignos, que estavam de roda do estrado real, os reis magos, os populares, todos olhavam pasmados para o architecto que assim interrompêra a solemnidade do auto. Um silencio profundo succedêra ao ruído, que a apparicào daquelle homem desvairado excitara. Milhares de olhos estavam fitos nesse vulto, que semelhava uma larva de condemnado saída das profundezas para turbar a festa religiosa. Por mais de um cérebro passou este pensamento: em mais de uma cabeça os cabellos se eriçaram de horror; mas dos que conheciam mestre Ouguet nenhum duvidou de que fosse elle em corpo e alma. Que proveito tiraria o demonio de tomar a figura do architecto para fazer