r-rahman III, o illustre kalifa, véla pela segurança do imperio. A vasta cidade repousa profundamente; e o ruído mal distincto que parece revoar por cima della, é apenas o respiro lento dos seus largos pulmões, o bater regular das suas robustas arterias. Das almadenas de seiscentas mesquitas não soa uma unica voz de almuhaden, e os sinos das igrejas mosarabes guardam tambem silencio. As ruas, as praças, os azokes, ou mercados, estão desertos. Sómente o murmurio das novecentas fontes ou banhos publicos, destinados ás abluções dos crentes, ajuda o zumbido nocturno da sumptuosa rival de Bagdad.
Que festa fôra essa que expirára algumas horas antes de nascer a lua, e de tingir com a brancura pallida de sua luz aquelles dois vultos enormes de Azzahrat e de Cordova, que olhavam um para o outro, a cinco milhas de distancia, como dois phantasmas gigantes involtos em largos sudarios? Na manhan do dia que findára, Al-hakem, o filho mais velho de Abdu-r-rahman, fôra associado ao throno. Os walis, wasires e khatehs da monarchia dos Beni-Umeyyas tinham vindo reconhece-lo Wali-al-ahdi; isto é, futuro kalifa do Andalús e do Moghreb. Era uma idéa affagada longamente pelo velho principe dos crentes que se realisára, e o jubilo